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ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO


Textos: Mt. 17.2,3 – Mt. 17.1-8


INTRODUÇÃO: A transfiguração de Cristo, no Monte, é um dos textos que revela a glória do Senhor, antes mesmo da Sua morte e ressurreição. No estudo desta semana enfatizaremos esse importante episódios registrado nas páginas dos evangelhos. Inicialmente trataremos a respeito do evento propriamente dito, em seguida, a representação de Moisés e Elias em tal contexto, e ao final, refletiremos sobre a condição de cada cristão após a transfiguração de Cristo.

A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS: A transfiguração de Jesus foi um evento particular (com alguns discípulos) e histórico (em tempo determinado), pois “seis dias depois”, Jesus tomou consigo “Pedro, Tiago e a João”, e os conduziu a um monte alto (Mt. 17.1). Esses apóstolos eram os mais próximos de Jesus (Lc. 6.12). Eles foram chamados, naquela circunstância, com o propósito específico de serem testemunhas oculares (Mc. 14.33). O monte, ao que tudo indica, se tratava do Tabor, situado cerca de 16 quilômetros de Cafarnaum. Mateus diz que “foi transfigurado diante deles”, e que seu rosto “resplandeceu como o sol” (Mt. 17.2). Suas vestes também foram modificadas, se tornaram “brancas como a luz”. Jesus, enquanto participante da Glória Divina, fez raiar essa luz. Esse momento glorioso antecipou, no plano escatológico, a glória que nEle haverá de ser revelada (Jo. 12.16,23; 17.5,22-24; II Co. 3.18; Mt. 13.43). Há quatro aspectos revelados naquele episódio: 1) a glória de Jesus – a palavra traduzida por transfiguração em português é metamorfose  que significa uma mudança exterior, proveniente do interior. Do interior de Jesus irradiou uma luz, ressaltando, assim, Sua Glória Essencial (Hb. 1.3). Esse acontecimento serviria para fortalecer a fé dos discípulos, o próprio Pedro confessou que Jesus era o Cristo, após aquele momento (Jo. 11.40); 2) a glória do Reino de Jesus – a transfiguração demonstrou a Glória do Reino que está por vir (Mt. 16.28), cujo cumprimento visível se dará por ocasião do Milênio (Ap. 19). Após o arrebatamento da igreja (I Ts. 4.13-17), haverá a Tribulação, que terá fim quando Cristo vier em glória, como Rei dos reis e Senhor dos senhores; 3) a glória da cruz de Jesus – sofrimento e Glória não são incompatíveis, Pedro aprendeu essa lição, e a registrou em sua epístola (I Pe. 1.6-8,11; 4.12). A morte de Jesus não foi uma derrota, mas uma conquista, não no plano político, mas espiritual, libertando as pessoas do sistema mundano (Gl. 1.4), do desespero (I Pe. 1.18) e da iniquidade (Tt. 2.14); e 4) a Glória de sua submissão – aquele foi um ato de entrega, no qual Jesus deu o exemplo aos discípulos de que estava disposto a desfazer-se da Glória para acatar o sofrimento. Aquela realidade inquietou os discípulos, principalmente a Pedro, que se negou a aceitá-la (Mt. 16.22).

MOISÉS E ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO: A presença de Moisés e Elias, durante a transfiguração de Cristo, tem um significado. Mateus diz que “apareceram Moisés e Elias, falando com ele (Mt. 17.3). A visão possibilitou que os discípulos reconhecessem aqueles dois personagens como Moisés e Elias. Moisés representava a autoridade da Lei, é um símbolo do judaísmo, associado à vinda do Messias. Elias representava os profetas, sendo um dos maiores entre eles, confirmando, assim, a atuação messiânica de Jesus na terra. Moisés e Elias revelaram a aprovação do Pai em relação à missão de Jesus. O aparecimento daquelas duas figuras aponta para a aprovação do Pai do ministério messiânico de Jesus (Mt. 17.5). Aquele foi um momento aprazível para os discípulos, que foram levados a perceberem a transitoriedade daquela circunstância. Isso serve de lição para muitos cristãos nos dias de hoje. Eles pensam que estão debaixo da transfiguração de Jesus, por isso, esquecem-se da cruz. Como os discípulos, acham que é muito bom está ali, sem atentar para a missão a ser desempenhada na terra (Mt. 17.4). Há igrejas que se acomodam demasiadamente, a Glória do templo os impede de saírem para libertar os cativos. Como Pedro, gostariam de ficar diante do Cristo transfigurado, querem construir “três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias”.

APÓS O CRISTO TRANSFIGURADO: Certamente aquele foi um dos maiores momentos testemunhados por aqueles discípulos, e que os marcariam permanentemente. Mas eles não conseguiram compreender o significado daquela revelação. Talvez pensassem que se tratava da Glorificação plena de Cristo, que aconteceria depois da ressurreição. Esse continua sendo um problema para a igreja desses dias. A teologia da Glória tem recebido ênfase demasiada em detrimento da teologia da cruz. Alguns cristãos parecem que estão vivendo já no reino milenial de Cristo. Não querem mais adoecer e pensam que estão isentos do sofrimento, querem apenas a plena prosperidade. É preciso destacar que estamos na condição do “ainda não”, o “já” está na dimensão do espiritual. É bem verdade que curas existem, e que não é proibido desfrutar de benção materiais. Mas elas não podem retirar o foco da Glória que em nós haverá de ser revelada. Enquanto esse dia não chegar, tenhamos a consciência de que não podemos ficar no “monte da transfiguração”. O mundo nos espera, as palavras de Moisés e Elias nos impressionam, mas estão subordinadas ás palavras de Cristo (Mt. 17.5; Gl. 1.8,9; Hb. 1.1,2). Ele mesmo levantou os discípulos, dizendo que não tivessem medo. Moisés e Elias desapareceram, diante deles estava apenas Cristo, não mais transfigurado (Mt. 17.8). O sofrimento da cruz o aguardava, e também a do discipulado, que caracteriza aqueles que seguem a Cristo (Mt. 16.24).

CONCLUSÃO: Após descerem do monte Jesus orientou aos discípulos para que nada dissessem até que Ele mesmo ressuscitasse (Mt. 17.9) e fez a exegese de um texto do Antigo Testamento, mostrando que o Elias que haveria de vir na verdade era João Batista, (Mt. 17.11). Não que João Batista fosse a reencarnação de Elias, mas um antítipo, isto é, o cumprimento de um tipo. Quando chegaram à multidão, aproximou-se de Jesus um homem, implorando para que libertasse seu filho oprimido (Mt. 17.15). Eis aqui a missão da igreja, não pode fugir à sua responsabilidade, pois ainda não chegou a hora da sua plena transfiguração (I Co. 15.54). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

O LEGADO DE ELIAS


Textos: II Rs. 3.11 – I Rs. 19.16-21


INTRODUÇÃO: A vida e o ministério de Elias deixam muitas lições para os cristãos deste tempo. Ele foi um homem de Deus que foi relevante para a sua época. Apesar da crise estatal, e das suas próprias limitações humanas, foi uma voz profética para aquela geração. Neste estudo trataremos a respeito do seu legado, sua sucessão por Eliseu, e as qualidades que fazem com que ele seja digno de ser lembrado.

1. A SUCESSÃO DE ELIAS: Elias tinha consciência da sua transitoriedade, mais que isso, reconhecia a necessidade de um sucessor. Por isso, próximo de ser tomado pelo Senhor em um redemoinho, partiu de Gilgal, mas em companhia de Eliseu (II Rs. 2.1). Essa é uma característica fundamental de todo homem ou mulher que exerce função de liderança na igreja. Jesus deu o exemplo preparando Seus discípulos ao longo do ministério. Paulo formou filhos na fé que foram capazes de conduzir o rebanho de Deus. O movimento cristão evangélico no Brasil está em crise. Muitos pastores não vislumbram mais o futuro da obra, muito menos os valores do Reino. Eles querem se eternizar em seus cargos, tem receio de perderem “a benção” terrena. A maioria deles não prepara sucessores para assumir a obra quando partirem. E quando o fazem, escolhem não com base na orientação de Deus, mas nas conveniências pessoais. Aqueles que estavam próximos a Elias sabiam que Eliseu seria o sucessor, e o próprio Eliseu também (II Rs. 2.2-6). Certamente Eliseu se destacou na escola dos profetas, ele era aquele aluno que chamou a atenção do mestre. As pessoas a quem Deus chama tem um potencial que não pode ser negado. Elas geralmente são as mais interessadas nas “escolas dos profetas”. A preparação faz parte do processo de formação de um líder, ele precisa tanto de conhecimento teórico quanto prático. As escolas e institutos bíblicos, bem como as Escolas Bíblica Dominicais exercem papel preponderante na formação de líderes. Se quisermos encontrar líderes que queiram dar continuidade à obra de Deus, não desprezemos aqueles que estão nesses contextos.  

2. O TRANSLADO DE UM PROFETA: Antes de ser transladado Elias passou por um percurso geográfico e, ao mesmo tempo, espiritual. Ele estava em Gilgal, depois seguiu a Betel, somente depois ao Jordão. Gilgal foi o princípio, naquele lugar Josué acampou com o povo de Israel (Js. 4.19). Depois Elias prosseguiu para Betel, um lugar de oração, onde Abraão edificou um altar ao Senhor (Gn. 12.8). Somente depois ele partiu para Jericó, o lugar da batalha, e finalmente para o Jordão, de onde subiu. Aquela jornada fazia parte também da formação dos seus sucessores. Eliseu reconheceu a necessidade de acompanhar Elias naquele momento. O sucessor do profeta prometeu não deixá-lo sozinho, sabia do valor do homem de Deus (II Rs. 2.6). A ausência de comunhão entre os líderes deste tempo é algo preocupante. A competitividade se instaurou de tal maneira no seio da igreja que os pastores não conseguem mais confiar uns nos outros. Eles estão sempre disputando terreno, querendo ser um maior do que outro. A insegurança tem feito com que muitos adoeçam tanto no corpo quanto na alma. Precisamos desesperadamente de “eliseus” entre os pastores. Líderes em quem se possa confiar, principalmente nos momentos mais difíceis. Essas pessoas podem, como Eliseu, desejarem o ministério profético, e até mesmo o pastorado, pois excelente coisa almeja (I Tm. 3.1,2), respeitando o tempo de Deus.  Aqueles que passam o cajado, devem saber quando devem fazê-lo para não sacrificar a obra de Deus. Elias fez um pedido ousado, queria ser profeta. Não estava pedindo comodidade, antes um ministério atuante. Esse é o principal problema de alguns líderes eclesiásticos, eles não querem assumir o preço do ministério profético. A seara continua grande, mas os ceifeiros ainda são poucos (Mt. 9.37). Nem todos querem ir para a seara, preferem os grandes centros, onde há status e riqueza. Eliseu não pediu para ser sacerdote, mas profeta, essa é uma diferença que não pode ser desconsiderada. Pedir a porção dobrada no ministério não significava, como alguém possa pensar, maior visibilidade. Com a porção dobrada viriam maiores exigências, e por conseguinte, grandes responsabilidades.

3. DIGNO DE SER LEMBRADO: Enquanto Elias e Eliseu conversavam, veio, repentinamente, um carro de fogo, com cavalos de fogo e separou os dois. Eliseu viu, admirado, quando Elias foi tomado ao céu em um redemoinho (II Rs. 2.11). É interessante observar que Deus também pode manifestar sua presença em momentos simples do cotidiano. Jesus disse que onde estivessem dois ou três reunidos em Seu nome ali Ele se encontraria (Mt. 18.18-20). Há quem pense que o Senhor somente se manifesta nos grandes encontros. Deus tomou Elias enquanto os dois conversavam, certamente a respeito das maravilhas do Senhor. Precisamos valorizar mais as coisas pequenas da igreja, não apenas os eventos vultosos. Eliseu aprendeu muito com os momentos que esteve a sós com Elias, em conversas, talvez, despretensiosas. Os discípulos de Jesus extraíram verdades, que se encontram registradas nos evangelhos, a partir de diálogos simples. A conversa de Jesus com Nicodemos (Jo. 3) e com a Mulher Samaritana (Jo. 4) são dois exemplos dessa verdade. O líder que será lembrado não é aquele que ver multidões, mas pessoas. Elias é lembrado porque o seu ministério esteve focado sobretudo em gente, não em estruturas sociais, distanciadas de Deus. Muitos líderes eclesiásticos ficarão na lembrança de poucos. Eles fazem autopromoção em demasia, pois já sabem que cairão no esquecimento. Mas Elias, e todos aqueles que tem compromisso com a Palavra de Deus, serão identificados. Acazias soube, pelas características, que Elias era o profeta de Deus (II Rs. 1.3-8). Esta geração carece de verdadeiros homens e mulheres que sirvam ao Deus vivo e verdadeiro (I Rs. 17.1). Elias foi também lembrado por ser um homem de oração (Tg. 5.17,18). Os líderes eclesiásticos precisam orar mais e brigar menos, somente assim poderão dar glória a Deus, falar a palavra dEle, e não a deles mesmos (I Rs. 18.36).

CONCLUSÃO: O mesmo poder que esteve sobre Elias está disponível para os cristãos hoje (Ef. 3.18-21), não apenas em porção dobrada, mas em abundância (Jo. 16.23; At. 1.8; 2.2-4). Para recebermos precisamos orar, pois esta é a vontade de Deus, dar o Seu Espírito à Igreja (Lc. 11.11-13). Muitos não receberam o Seu poder porque não pedem, não se interessam, querem apenas bençãos materiais (Tg. 4.2,3). A vontade de Deus é que sejamos cheios do Espírito Santo, peçamos, pois, Ele nos atenderá (I Jo. 2.14,15). Mas não nos afastemos das Escrituras, saibamos manuseá-la, para sermos aprovados por Deus (II Tm. 3.16,17). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

A VINHA DE NABOTE


Textos: Gl. 6.7 – I Rs. 21.1-5; 15,16


INTRODUÇÃO: A cobiça é um pecado destruidor, ela pode levar uma nação à ruína. No estudo desta semana veremos sobre a cobiça de Acabe e Jezabel. Mostraremos, a princípio, o significado bíblico-teológico da cobiça, em seguida, o exemplo de fidelidade de Nabote, e por fim, apresentaremos princípios para vencer a cobiça, especialmente nesses dias, marcados pelo consumismo.

1. A COBIÇA DE ACABE E JEZABEL: A palavra cobiça, no hebraico, é behtsah, geralmente traduzida por ganância, e no grego é pleonaxia, também vertida para o português como avareza. Essa é uma prática antiga, que remete ao Éden, quando Adão e Eva quiseram ser iguais a Deus (Gn. 3.4,5). Antes disso Satanás, tomado pela inveja, quis assumir o lugar do Altíssimo, perdendo sua posição celestial (Is. 14.12-14). Há vários exemplos no Antigo Testamento de pessoas que se perderam por causa da cobiça, o mais conhecido deles talvez seja o de Acã (Jz. 7.14, 18-26). A cobiça costuma estar relacionada à visão, por isso se trata de um pecado dos olhos (Js. 7.21). Por causa da cobiça o ser humano pode fazer males terríveis aos outros, enganar, furtar e até mesmo matar (Gn. 4.1-7). Alguns discípulos de Jesus se deixaram levar pela cobiça, não pelo dinheiro, mas por posição (Lc. 22.24). A pessoa cobiçosa nunca encontra satisfação, pois deseja sempre mais, não consegue estar contente (Ec. 6.7). Foi justamente isso que aconteceu com Acabe, que desejou a vinha de Nabote, cobiçando o que não lhe pertencia (I Rs. 21.2). O monarca israelita queria aquela herdade porque esta estava localizada próxima a sua residência (I Rs. 21.1). O rei estava dominado pelo desejo de possuir, demonstrando ausência de domínio próprio. Esse é um sentimento bastante comum entre aqueles que não encontram satisfação em Deus. Muitas pessoas entram em uma corrida desenfreada por dinheiro, fama e sucesso. Falta-lhes o Senhor na vida, por isso querem compensar essa ausência com coisas. O mandamento de Deus já proibia esse tipo de idolatria, a fim de que o ser humano não se deixasse levar pela cobiça (Ex. 20.17). Jezabel, a esposa do rei, alimentou a sua cobiça, e fez mais que isso, maquinou um plano para tirar a vida de Nabote (I Rs. 21.7-10). Para se apossar daquela vinha ela tramou a destruição da reputação e a morte daquele homem. Não mediu esforços nem as consequências, envolvendo até mesmo os nobres do reino. A ganância tem feito muitos males à política brasileira, muitos políticos agem como Acabe, fazem de tudo para se perpetuarem no poder. Todos os dias vidas são sacrificadas nas ruas, escolas e hospitais por causa da cobiça. Os direitos dos mais pobres são vituperados, enquanto isso uma minoria enriquece injustamente.

2. O EXEMPLO DE FIDELIDADE DE NABOTE: Nabote é um exemplo de fidelidade a Deus, é um homem que não abre mão dos seus princípios. De acordo com a Lei, a terra pertencia ao Senhor (Lv. 25.23), por isso o israelita estava ciente de que detinha apenas uma concessão para explorá-la. Se atentássemos para essa verdade seríamos mais respeitosos com o meio ambiente. Esse era motivo de a terra não poder ser vendida, pois se tratava de uma herança divina (Nm. 36.7). Com essa instrução Deus queria proteger o povo de Israel da cobiça, garantindo-lhe subsistência. Certo pensador disse que a propriedade privada iniciou quando a primeira pessoa cercou uma porção, afirmando lhe pertencer, tendo o crédito das demais. O princípio bíblico permanece, não há fundamento bíblico para grandes latifúndios. Boa parte da terra deste país se encontra nas mãos de pessoas que não a torna produtiva. O direito à propriedade privada é garantido pela Constituição, mas o governo também precisa investir em políticas públicas que assegurem o direito à subsistência. Uma reforma agrária já foi iniciada neste país, mas é preciso ir além, não apenas distribuir terras, mas também dar condições para cultivá-la. Nabote sabia o valor da terra, por isso não se desfez da sua herança (I Rs. 21.3). Ele foi fiel aos seus princípios, mesmo sendo vítima da tirania do governo de Acabe e Jezabel. Mas ninguém se engane, Deus julgará os malfeitores, incluindo os governantes corruptos (Is. 10.1,2), eles receberão a justa recompensa (Lv. 19.15,35) pela opressão aos pobres (Pv. 14.31).

3. VENCENDO O PODER DA COBIÇA: A cobiça se sustenta no amor ao mundo, e nas coisas que nele há e tem a ver com a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (I Jo. 2.15,16). Portanto, se trata de uma tentação que precisa ser vencida, pois a concupiscência, uma vez alimentada pela cobiça, gera a morte (Tg. 1.14,15). O sábio escritor foi contundente em relação à cobiça, tendo em vista que essa destrói a vida daquele que a tem (Pv. 1.19). O problema do cobiçoso é que ele não consegue estar contente (Sl. 62.10; Pv. 30.15). Até mesmo dentro das igrejas esse sentimento prevalece, pois há muitos que não conseguem agradecer a Deus pelo que são e pelo que têm (Jo. 10.12,13; At. 20.29). Esses são mercenários cruéis, homens maus, que dizem proteger as ovelhas, mas querem apenas auferir lucros através delas (II Pe. 2.3). A Palavra de Deus é diretamente contra a cobiça, aqueles que a cultivam estão desobedecendo ao Senhor (Lc. 12.13-21; Tg. 4.1.2). Ninguém pode servir a dois senhores, Deus e o dinheiro não podem ocupar a mesma posição (Mt. 6.24). O deus mercado precisa ser destronado, vidas humanas são mais importantes do que o dinheiro. De que adiante o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mt. 16.26). Somente há uma saída bíblica para a cobiça, é o contentamento, distante do que apregoa os adeptos da teologia da ganância. O contentamento é a confiança no Deus que nos provê o necessário, o suficiente (Fp. 4.1,9; Hb. 13.5). A falta de confiança no Senhor gera insatisfação e ansiedade (Mt. 6.25-33). Mas o contentamento nada tem a ver com comodismo (Rm. 12.11; Ef. 4.28). O cristão precisa também ser diligente, trabalhar com honestidade (Pv. 10.4; 11.1; At. 20.33-35). A motivação para o trabalho não deve ser a cobiça, antes a manutenção do lar, e o exercício da generosidade (Ef. 2.10; I Tm. 6.17-19).

CONCLUSÃO: Para alimentar a sua cobiça, Acabe e Jezabel sacrificaram a vida de Nabote, um homem fiel a Deus e de princípios. De igual modo muitos tem sido injustamente tratados para satisfazer a ganância de poucos. Em meio a essa sociedade consumista, que se move à custa da ostentação, precisamos ser vozes proféticas. E tal como Elias, denunciar a injustiça e a maldade, sempre que o direito dos mais pobres for usurpado, alertando a todos a respeito do julgamento divino (I Rs. 21.19,20; At. 17.31). PENSE NISSO! 

Deus é Fiel e Justo!

A VIÚVA DE SAREPTA


Textos: Lc. 4.25,26 – I Rs. 17.8-16


INTRODUÇÃO: A sociedade contemporânea matou Deus, preferiu fugir da Sua realidade. Mas, a Bíblia, a Palavra de Deus, nos mostra que Ele está vivo. No estudo desta semana, veremos a respeito da viúva de Sarepta e da providência divina através do profeta Elias. Inicialmente trataremos a respeito do contexto no qual aquela viúva viveu, em seguida, a atuação de Elias diante da adversidade da viúva, e por fim, a providência de Deus como resposta à oração.

1. A VIÚVA DE SAREPTA: Sarepta era uma pequena cidade costeira, fora das fronteiras de Israel, pertencia ao domínio dos sidônios. Aquela região também passou por dificuldades em razão dos três anos e meio de seca, a respeito da qual profetizou Elias. Durante a seca, o próprio profeta se refugiou próximo ao ribeiro de Querite, até que este secou. Por providência divina Elias era alimentado pelo Senhor, os corvos lhe traziam comida. Quando a privação chegou, o profeta recebeu uma orientação do Senhor, para que se dirigisse à Sarepta, pois ali seria alimentado por uma viúva (I Rs. 17.9). Ao chegar naquela pequena cidade, o homem de Deus se deparou com a viúva catando gravetos, isso mesmo, não era lenha, pois pretendia fazer um pequeno fogo. Isso mostra que a comida era escassa, e a dificuldade abundante. Depois de horas de viagem e de cansaço, o profeta do Senhor pede àquela mulher que lhe dê comida. A mulher, obedecendo ao instinto materno, responde que tem apenas um pouco de farinha e azeite, que comerá aquela porção com o seu filho, e depois morrerá (I Rs. 17.12). O profeta, por revelação divina, revela-lhe que se ela o alimentar, tendo em vista que estava faminto, o Senhor os preservaria. Essa declaração do profeta estava fundamentada em Deus, não em interesses meramente humanos. Há muitos falsos profetas nos dias atuais, pseudocristão, que se apropriam indevidamente das posses das pessoas, com promessas que Deus não fez. Mas diante da Palavra de Deus, a mulher creu, e colocou a sua fé em ação, obedecendo à mensagem profética.

2. O PROFETA E A VIÚVA DE SAREPTA: De fato, a panela de farinha nunca esvaziou, e a botija de azeite jamais secou, o Senhor supriu as necessidades daquela família. Esse é um ensinamento relevante para os dias atuais, nos quais as pessoas querem sempre mais do que precisam. Ao invés de confiarem na providência de Deus, angustiam-se demasiadamente, vivem ansiosas, perdem a fé e a confiança em Deus (Mt. 6.26-30). A teologia da ganância está fazendo estragos na fé cristã brasileira. O contentamento, ensinamento bíblico que nada tem a ver com comodismo, não é admoestado nos púlpitos (I Tm. 6.6; Hb. 13.5). A providência divina não nos isenta do sofrimento, pois depois disto adoeceu o filho da mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou tanto, que ele morreu (I Rs. 17.17). A viúva de Serepta, mesmo tendo crido na mensagem do profeta, teve um momento de fraqueza, e quis culpá-lo pela morte do seu filho. Essa teologia da causa e efeito é bastante comum ainda hoje, e antiga, desde os tempos dos amigos de Jó. As pessoas querem sempre encontrar um culpado pelos sofrimentos. Os próprios discípulos de Jesus queriam saber o porque de o homem ter nascido cego (Jo. 9.1). Ao invés de tentar justificar a teologia equivocada da mulher, Elias resolveu agir, e confiante no Deus da providência, pediu o filho, tomou-o dos seus braços, o levou para cima, e o deitou sobre a cama (I Rs. 17.19). O silêncio de Elias teve uma razão de ser naquele contexto, pois há momentos em que simplesmente as palavras não resolvem. O profeta também não questiona Deus pelo ocorrido, ele se entrega à soberania dAquele que tem todas as coisas sob o Seu comando.

3. A PROVIDÊNCIA DE DEUS ATRAVÉS DA ORAÇÃO: A confiança do profeta repousava sob a providência de Deus, com ternura Elias coloca o menino em sua cama, e recorre a último recurso do cristão: a oração (I Rs. 17.20). O silêncio de Elias, diante da mãe daquele menino, se transformou em palavras diante do Senhor. Deus não receia nossa sinceridade, sua maior preocupação é com o nosso desdém em relação a Ele. Quantos hoje já não oram mais? Essa, certamente, é a geração que se esqueceu de orar. As pessoas, confiantes em seus aparatos tecnológicos, vivem como se Deus pudesse ser desconsiderado. A oração é uma necessidade para todo cristão. O apóstolo Paulo é incisivo ao orientar os cristãos para que orem sem cessar (I Ts. 17). Jesus já havia orientado os Seus discípulos quanto à importância da oração (Mt. 26.41). Oramos não determinando o que Deus deve ou não fazer, pois é a vontade dEle que prevalece (I Jo. 5.14,15). O modelo de oração a ser seguido pelos cristãos  é o de Cristo, pois Ele nos ensinou corretamente a orar (Mt. 6.5-13). Conforme nos instruiu o próprio Mestre, as orações não devam ser meras repetições, mas uma entrega total, e confiante na providência divina. Muitas vezes não sabemos orar como convém, mas o Espírito Santo nos auxilia na oração, com gemidos inexprimíveis (Rm. 8.26,27). A fé é um elemento imprescindível na oração, pois aquele que se aproxima do Senhor deve saber que Ele é galardoador dos que O buscam (Hb. 11.1,6). A perfeição não é condição para a oração, pois Elias, como bem lembra Tiago, era um homem simples, mas orou, e o Senhor o ouviu (Tg. 5.17,18).

CONCLUSÃO: Em resposta à oração do profeta Deus fez com que o menino revivesse (I Rs. 17.22-24).  Elias era um homem sujeito as mesmas paixões que nós, e não desprezou a oração. Esse é um estímulo para buscamos o Senhor em oração, sempre com a motivação maior, de nos relacionarmos com Ele. Jesus, o homem perfeito, também orou, e se Ele assim o fez, não podemos agir diferentemente (Mc. 1.35; Mt. 14.23; Lc. 6.12). Pense Nisso!

Deus é Fiel e Justo!